A HIPERTENSÃO ARTERIAL E A DOENÇA RENAL CRÔNICA
Resumo
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida pela elevação persistente da pressão arterial e geralmente coexiste com outras patologias, como a doença renal crônica (DRC). A DRC é caracterizada pela perda progressiva da função dos néfrons, resultando no declínio da capacidade de filtrar o sangue e de manter a homeostase. No Brasil, os casos de HAS e DRC estão em ascensão, e os altos níveis pressóricos causam alterações progressivas nos vasos renais, o que provoca danos glomerulares e tubulointersticiais, logo, a HAS é uma das principais causas da DRC. Objetivo: Objetivou-se esclarecer à sociedade acadêmica e
população em geral sobre a importância de compreender a apresentação fisiológica da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e da doença renal crônica (DRC), bem como suas conexões etiológicas, por se tratar de patologias com fatores modificáveis que têm um elevado potencial de desencadear diversas outras complicações à saúde. Método: Essa revisão de literatura abrangeu um relato de pesquisa, por meio de revisões bibliográficas a respeito da influência da hipertensão arterial e das doenças renais crônicas. Foram revisados 30 artigos, mediante uma triagem, em que foram incluídos artigos de análises estatísticas,
estudos transversais, descritivos e qualitativos. Resultados e Discussão: Fisiologicamente, o corpo humano regula a pressão arterial por meio do sistema renal, principalmente pela ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, dentre outros mecanismos homeostáticos. Entretanto, quando o paciente apresenta disfunção na pressão arterial ou na função renal, um repercute para piora do outro, contribuindo para DRC e a sobrecarga cardiovascular. Desta forma, é de suma importância o diagnóstico precoce da HAS e da DRC para que o tratamento seja aplicado ainda no início da doença, a fim de que haja menor
comprometimento e degeneração desses sistemas, evitando-se, assim, os efeitos sistêmicos explicados por sua fisiopatologia, além do estágio terminal do sistema renal, em que há perda dos rins e necessidade de transplante. Considerações Finais: Os estudos destacaram a necessidade de reduzir a prevalência da HAS, e consequentemente, diminuir a DRC,
elucidando suas apresentações fisiológicas e evidenciando a interrelação causal entre elas, de modo a enfatizar a importância de mudanças comportamentais para neutralização dos fatores externos associados às patologias em questão, que reverberam no padrão de morbimortalidade atual do país.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Doença Renal, Etiologia, Fisiologia.