A IMPORTÂNCIA DA TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICACOMO DIFERENCIAL NA FORMAÇÃO MÉDICA

Autores

  • Aline Queiroz de Sene
  • Anne Eloise Sizenando Carneiro
  • Julia Nani Scaff
  • Matheus de Souza Ribeiro
  • Nalini Zanetti Nardini
  • Sara Yasmin Silva Durães
  • Gislaine Beatriz Cabral Pereira

Resumo

As Estratégias de Saúde da Família são guiadas por diversos princípios fundamentais, sendo a territorialização um dos mais importantes. Visto que é uma ferramenta para o planejamento em saúde, através do conhecimento do território, da comunidade e da oferta de serviços na atenção primária à saúde. Deste modo, a territorialização proporciona uma experiência de imersão de acadêmicos de medicina na realidade da saúde família, oportunizando uma mudança na visão da formação e atuação médica. Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar as experiências vividas pelos estudantes de Medicina ao aplicarem a territorialização em uma Unidade Básica de Saúde em Várzea Grande - MT. Descrição: A ferramenta mapa inteligente é um instrumento para o planejamento que tem como objetivo melhorar a qualidade no serviço de saúde a nível primário. Ele define as microáreas de abrangência da Unidade de Saúde da Família (USF) e é alimentado por ações de territorialização que coletam informações geográficas e de saúde obtidas no diagnóstico da comunidade. Assim, esta atividade foi realizada na microárea 55 da equipe 3 da Unidade de Saúde da Família – ESF Manoel Bernardo de Barros, localizada no município de Várzea Grande. Essa atividade foi executada nos meses de outubro e novembro de 2023, pelos acadêmicos de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG no contexto da disciplina Projeto Extensionista Integrador. Deste modo, a territorialização teve como principal objetivo a identificação e o mapeamento das particularidades desta região específica. Para alcançar tais fins, realizou-se um meticuloso levantamento cartográfico, com o intuito de estabelecer o perfil demográfico da área, bem como de localizar zonas de risco, estabelecimentos comerciais e espaços destinados ao lazer. Este procedimento visou à otimização do mapa inteligente da unidade, com o propósito de facilitar as operações realizadas pelas equipes de saúde. Esta atividade, contou com a supervisão da Agente Comunitário de Saúde da microárea n° 55, onde procedeu-se à atualização do mapa territorial, valendo-se do uso da ferramenta Google Maps. Neste processo, foram identificados e catalogados diversos indicadores de saúde. Estes dados, uma vez coletados, foram utilizados para aprimorar o mapa inteligente, marcando-se no mesmo os indicadores de saúde através de alfinetes coloridos. Estes representavam grupos específicos como: hipertensos, diabéticos, acamados, saúde mental, gestantes e pessoas tratando de hanseníase e tuberculose. Outrossim, na ferramenta era possível identificar as áreas de lazer, comercio, igrejas e área risco. O mapa resultante, enriquecido com estas informações, emergiu como um instrumento fundamental para a análise, o planejamento e a comunicação efetiva da equipe da USF. Sua existência permitiu uma mais acertada determinação de prioridades, contribuindo significativamente para a melhoria do atendimento e das intervenções da equipe de saúde na mencionada região. Considerações Finais: A experiência foi fundamental para discernir as necessidades e expectativas que influenciam a comunidade. Proporcionou aos acadêmicos a oportunidade de aplicar o conhecimento teórico adquirido, além de facilitar uma interpretação aprofundada do contexto em que a equipe de saúde atua.

Palavras-chave: Territorialização da Atenção Primária; Determinantes sociais de saúde; Atenção primária à saúde.

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Publicado

16-08-2024

Como Citar

Sene, A. Q. de, Carneiro, A. E. S., Scaff, J. N., Ribeiro, M. de S., Nardini, N. Z., Durães, S. Y. S., & Pereira, G. B. C. (2024). A IMPORTÂNCIA DA TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICACOMO DIFERENCIAL NA FORMAÇÃO MÉDICA. Anais Da Mostra Científica Do Programa De Interação Comunitária Do Curso De Medicina, 6. Recuperado de https://www.periodicos.univag.com.br/index.php/picmed/article/view/2614