A IMPORTÂNCIA DO RASTREIO DE TRATAMENTO PROFILÁTICO DE VITAMINA A EM CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
As crianças encontram-se mais vulneráveis quanto à deficiência de micronutrientes. Dentre estes, destaca-se a hipovitaminose de vitamina A. Nesta perspectiva, no Brasil, a prevalência de deficiência desta vitamina é de 6%, o que ressalta a importância da suplementação profilática como parte de um conjunto de estratégias para melhorar a ingestão desse nutriente. Assim, a suplementação de vitamina A é implementada na rotina dos serviços de Saúde e é associada à diversificação da alimentação. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada por discentes em uma atividade prática no município de Várzea Grande - MT, em uma creche, para rastreio e acompanhamento de crianças para o tratamento profilático de vitamina A. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência acerca de uma atividade prática executada na Unidade de Saúde da Família – ESF Manoel Bernardo de Barros, no dia 30 de outubro de 2023, pelos acadêmicos de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG, referente à disciplina do Programa de Interação Comunitária na creche CMEI Eleuza Maria Santos Silva, para rastreio e acompanhamento da caderneta da criança sobre a administração profilática de vitamina A. DESCRIÇÃO: Essa atividade foi realizada com um total de 60 crianças, entre as idades de 2 e 4 anos, divididas em quatro salas. Durante as práticas, os acadêmicos ficaram responsáveis por fazer a medição e a pesagem das crianças, além de analisar as cadernetas e anexar orientações, as quais eram destinadas aos responsáveis, caso fosse encontrada alguma alteração no desenvolvimento. Nesse contexto, os acadêmicos observaram que muitos alunos apresentavam atraso de vitamina A, indo de encontro às recomendações do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, o qual detalha sobre a importância de utilizar o micronutriente a partir dos 6 meses de idade até os 59 meses, em ciclos de 6 em 6 meses. Ademais, foi possível analisar também os dados antropométricos, o desenvolvimento neuropsicomotor, além de observar a vacinação. Como resultado, o descuido dos pais, professores e profissionais de saúde em não seguir essas determinações pode gerar consequências negativas para as crianças: em casos mais simples, a deficiência desse nutriente para seu desenvolvimento e, em casos mais graves, a cegueira noturna. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática do PIC da terceira etapa tem por foco principal as crianças, proporcionando, assim, um contato direto com elas e com suas demandas, sobretudo, nas atividades de educação em saúde nas escolas. Contribuindo com uma compreensão maior das necessidades infantis, além de ampliar a percepção sobre outras realidades. Podendo, assim, estreitar o vínculo médico-paciente- equipe e possibilitar a formação de futuros profissionais com amplo conhecimento das principais vulnerabilidades de saúde da população.
Palavras-chave: Micronutrientes; Deficiência de Vitamina A; atenção primária à saúde.