ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇAS NEUROLÓGICAS ANTES E DEPOIS DA COVID-19 NO ESTADO MATOGROSSENSE
Resumo
este trabalho científico explora a relação entre a COVID-19 e o sistema nervoso, indo além dos limites iniciais de uma doença respiratória. Desde complicações neurológicas agudas, como encefalopatia e síndrome de Guillain-Barré, até fenômenos persistentes de “COVID-19 prolongada”, investigamos como o SARS-CoV-2 afeta o sistema nervoso central e periférico. Examina-se a entrada do vírus no sistema nervoso, os mecanismos imunológicos desencadeados e as implicações psicológicas da pandemia. Objetivo: este trabalho destaca a necessidade de compreensão holística das implicações neurológicas da COVID-19, ressaltando a urgência de estratégias preventivas e terapêuticas para enfrentar os impactos imediatos e a longo prazo dessa pandemia global no bem-estar neurológico e mental. Método:: é um estudo epidemiológico, observacional e analítico, de corte transversal, com dados do Sistema de Internações Hospitalares (SIH-DATASUS) referente à pacientes internados entre janeiro/2018 e dezembro/2022 no estado de Mato Grosso. São incluídos no estudo somente pacientes com diagnóstico principal, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), em doenças do sistema nervoso. Foi ajustado um modelo multivariado por meio de regressão logística binária. Análise feita pelo software R4.3.1, considerado estatisticamente significativo p-valor<0,05.
Descrição: a análise revela uma significativa incidência de doenças do sistema nervoso no estado do Mato Grosso durante o período de 2018 a 2023, com um Total Geral de 9.683 internações, dentre esses, evoluíram para óbito 519 e sobreviveram 9.164. Assim, a análise anual apresentou em 2018 1.711 internações de vivos e 98 óbitos, totalizando 1.809 hospitalizações. Já em 2019, as internações aumentaram para 1.906, sendo 1.785 vivos e 121 óbitos. Em 2020 houveram um total de 1.538 internações, com 1.437 vivos e 101 para óbito. Agora em 2021, foram registradas 1.610 internações, sendo 1.528 vivos e 82 óbitos. O ano de 2022 se destaca um aumento para 1.789 internações, sendo 1.703 vivos e 86 óbitos. Por fim, os dados parciais para 2023, apontam 1.031 internações, sendo 1.000 vivos e 31 óbitos. Ante isso, evidencia-se que essencialmente no ano de 2019 se destaca um período significativo de hospitalizações, coincidente à pandemia. Já no ano seguinte de 2020, constata-se uma redução desse número. Agora para 2021, 2022 e o que tudo indica 2023, esse número torna a crescer com possível relação ao coronavírus. Em contrapartida, se destaca a redução do número de óbitos, o que pode representar uma repercussão dos recursos demandados da ciência. Para além, essas variações podem significar eventos epidemiológicos, surtos de doenças ou intervenções específicas de saúde pública. Identificar e compreender essas influências externas podem sugerir estratégias futuras de saúde pública e planejamento de recursos.
Considerações Finais:
desse modo, a análise desse trabalho destacou não apenas as variâncias anuais de regulação, mas também a alteridade dos cuidados médicos que confluem com o passar da pandemia, ao observar a predominância de internações sem óbito. Assim, a continuidade da análise, considerando as atualizações acerca do vírus, fatores específicos de saúde e eventos externos, é essencial para uma compreensão mais sensível dessas tendências e para orientar estratégias futuras de saúde pública e assistência médica.
Palavras-chave: COVID-19. Doenças do sistema nervoso. Internações.